Lesões do mal uso da voz. Entre elas a síndrome de Burnout
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/voz.htm
INTRODUÇÃO
 
  Este capítulo é dirigido aos profissionais da voz, entre eles os meus ex-colegas Professores da UFRRJ. É um resumo do trabalho "A Voz do Professor: relações entre trabalho, saúde e qualidade de vida" (de Regina Z.Penteado, Isabel M.Teixeira e Bicudo Pereira - Rev. Bras.de Saúde Ocupacional, 1995/96, vol.25, p.109-129) e também um apanhado de artigos encontrados na Internet.
Este capítulo é dirigido aos profissionais da voz, entre eles os meus ex-colegas Professores da UFRRJ. É um resumo do trabalho "A Voz do Professor: relações entre trabalho, saúde e qualidade de vida" (de Regina Z.Penteado, Isabel M.Teixeira e Bicudo Pereira - Rev. Bras.de Saúde Ocupacional, 1995/96, vol.25, p.109-129) e também um apanhado de artigos encontrados na Internet.
 
  Este capítulo é dirigido aos profissionais da voz, entre eles os meus ex-colegas Professores da UFRRJ. É um resumo do trabalho "A Voz do Professor: relações entre trabalho, saúde e qualidade de vida" (de Regina Z.Penteado, Isabel M.Teixeira e Bicudo Pereira - Rev. Bras.de Saúde Ocupacional, 1995/96, vol.25, p.109-129) e também um apanhado de artigos encontrados na Internet.
Este capítulo é dirigido aos profissionais da voz, entre eles os meus ex-colegas Professores da UFRRJ. É um resumo do trabalho "A Voz do Professor: relações entre trabalho, saúde e qualidade de vida" (de Regina Z.Penteado, Isabel M.Teixeira e Bicudo Pereira - Rev. Bras.de Saúde Ocupacional, 1995/96, vol.25, p.109-129) e também um apanhado de artigos encontrados na Internet. Além dos Professores, outros profissionais da voz são:
Além dos Professores, outros profissionais da voz são:Médicos e Agentes de Saúde, Assistentes Sociais, Extensionistas, Pastores (da alma), Cantores, Atores, Políticos, Leiloeiros, Locutores, Peão ponteiro de "comitiva" e todos aqueles que fazem o uso profissional da voz.

 A voz é o instrumento de trabalho de aproximadamente 25% da população economicamente ativa, que dela depende todos os dias para alcançar o sucesso em suas ocupações.
A voz é o instrumento de trabalho de aproximadamente 25% da população economicamente ativa, que dela depende todos os dias para alcançar o sucesso em suas ocupações. Por outro lado, o Brasil é o segundo país do mundo em incidência decâncer da laringe. Esta doença é evitável, pois está associada ao vício de fumar em aproximadamente 95% dos casos. É um câncer de fácil diagnóstico e altamente curável na fase inicial, quando se expressa apenas por uma rouquidão. Mas lembre-se:
Por outro lado, o Brasil é o segundo país do mundo em incidência decâncer da laringe. Esta doença é evitável, pois está associada ao vício de fumar em aproximadamente 95% dos casos. É um câncer de fácil diagnóstico e altamente curável na fase inicial, quando se expressa apenas por uma rouquidão. Mas lembre-se:
ROUQUIDÃO PERSISTENTE É CONSIDERADA UM DOS 7 SINAIS DE ALERTA DE CÂNCER, SEGUNDO A UNIÃO INTERNACIONAL CONTRA O CÂNCER - UICC
 
  As relações entre trabalho e saúde foram abordadas mais claramente a partir da Encíclica Pacem in Terris, em 1963, pelo Papa João XXIII, que pregava o direito às condições adequadas de trabalho que não fossem lesivas para a saúde.
As relações entre trabalho e saúde foram abordadas mais claramente a partir da Encíclica Pacem in Terris, em 1963, pelo Papa João XXIII, que pregava o direito às condições adequadas de trabalho que não fossem lesivas para a saúde. No Brasil, a 2a. Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, realizada em Brasília em 1994, ao criar comissões de saúde do trabalhador, determinou que estas deveriam "não só evitar acidentes, mas também garantir a saúde do trabalhador".
No Brasil, a 2a. Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, realizada em Brasília em 1994, ao criar comissões de saúde do trabalhador, determinou que estas deveriam "não só evitar acidentes, mas também garantir a saúde do trabalhador". O sucesso da 1a. Semana da Voz , realizada no Brasil em 1999, teve repercussão internacional.
O sucesso da 1a. Semana da Voz , realizada no Brasil em 1999, teve repercussão internacional.
A VOZ E A SAÚDE
 
  A voz é o som básico produzido pela laringe, por meio da vibração das cordas (tecnicamente chamada de pregas) vocais.
A voz é o som básico produzido pela laringe, por meio da vibração das cordas (tecnicamente chamada de pregas) vocais. A voz expressa as condições individuais (físicas ou emocionais) e, se o indivíduo não estiver em condições saudáveis, a voz deixará transparecer algum problema, ocasionando qualidade vocal disfônica, que pode vir a comprometer a fala e a comunicação.
A voz expressa as condições individuais (físicas ou emocionais) e, se o indivíduo não estiver em condições saudáveis, a voz deixará transparecer algum problema, ocasionando qualidade vocal disfônica, que pode vir a comprometer a fala e a comunicação.
DOENÇAS PROFISSIONAIS SÃO AS QUE RESULTAM DO EXERCÍCIO DO TRABALHO, INERENTES A DETERMINADAS AÇÕES PROFISSIONAIS.
 
  Estudo realizado em 1989 por M. Calas mostrou que 96% dos Professores entrevistados sofriam de fadiga vocal, 86% tinham lesões (frequentemente nódulos) e 85% usavam técnica vocal falha.
Estudo realizado em 1989 por M. Calas mostrou que 96% dos Professores entrevistados sofriam de fadiga vocal, 86% tinham lesões (frequentemente nódulos) e 85% usavam técnica vocal falha. Dados de 1995 relativos a licenças de saúde para professores, mostram que as doenças do aparelho respiratório se destacam como a maior causa de afastamento: "entre as doenças do aparelho respiratório estão as referentes à laringe e faringe, órgãos estes responsáveis também pela fala, principal instrumento de trabalho do professor".
Dados de 1995 relativos a licenças de saúde para professores, mostram que as doenças do aparelho respiratório se destacam como a maior causa de afastamento: "entre as doenças do aparelho respiratório estão as referentes à laringe e faringe, órgãos estes responsáveis também pela fala, principal instrumento de trabalho do professor". Thomé de Souza, em 1997, estudando Professores da Secretaria Municipal de Ensino de São Paulo, constatou que a maior parte não sabia avaliar se suas vozes necessitavam de cuidados, embora 75% apresentassem "irritação na garganta", 62% relatassem rouquidão e cansaço ao falar, 47% pigarro e 37% já tivessem "perdido a voz".
Thomé de Souza, em 1997, estudando Professores da Secretaria Municipal de Ensino de São Paulo, constatou que a maior parte não sabia avaliar se suas vozes necessitavam de cuidados, embora 75% apresentassem "irritação na garganta", 62% relatassem rouquidão e cansaço ao falar, 47% pigarro e 37% já tivessem "perdido a voz".
Sala com muitos alunos (como a da foto) exige do professor esforço extra da laringe, podendo causar disfonias.

A VOZ DO PROFESSOR É VULNERÁVEL AO TEMPO E AO USO INADEQUADO, SEM CUIDADOS ESPECIAIS, DEVENDO SER TRATADA COMO VOZ PROFISSIONAL. AS CONDIÇÕES DE SUA ROTINA DE VIDA E TRABALHO, APRESENTAM SITUAÇÕES ESTRESSANTES E FATORES DE RISCO PARA A SUA SAÚDE VOCAL E GERAL.

DISTÚRBIOS VOCAIS E DISFONIAS
 
  Existem relações entre a saúde vocal, os distúrbios da voz (disfonias) e as condições de trabalho.
Existem relações entre a saúde vocal, os distúrbios da voz (disfonias) e as condições de trabalho.
UMA DISFONIA REPRESENTA QUALQUER DIFICULDADE NA EMISSÃO VOCAL QUE IMPEÇA A PRODUÇÃO NATURAL DA VOZ.
 
  Essa dificuldade pode se manifestar por meio de uma série de alterações:
Essa dificuldade pode se manifestar por meio de uma série de alterações:- esforço à emissão da voz
- dificuldade em manter a voz
- cansaço ao falar
- variações na frequência habitual
- rouquidão
- falta de volume e projeção
- perda da eficiência vocal
- pouca resistência ao falar
 A disfonia é, na verdade, apenas um sintoma presente em vários e diferentes distúrbios, ora se manifestando como sintoma secundário, ora como principal.
A disfonia é, na verdade, apenas um sintoma presente em vários e diferentes distúrbios, ora se manifestando como sintoma secundário, ora como principal. O indivíduo que padece de um distúrbio vocal sofre limitações de ordens física, emocional e profissional.
O indivíduo que padece de um distúrbio vocal sofre limitações de ordens física, emocional e profissional. A figura abaixo mostra a anatomia da garganta e a localização da laringe.
A figura abaixo mostra a anatomia da garganta e a localização da laringe.

A SÍNDROME DE BURNOUT
 
  A ocorrência do estresse ocupacional tem sido observado em todas as partes do mundo, como fator causal de mortalidade, morbidade e ruptura na saúde mental e bem-estar dos trabalhadores.
A ocorrência do estresse ocupacional tem sido observado em todas as partes do mundo, como fator causal de mortalidade, morbidade e ruptura na saúde mental e bem-estar dos trabalhadores. O impacto dos fatores estressantes sobre profissões que requerem grau elevado de contato com o público, recebe o nome de Síndrome de Burnout. De origem inglesa, este termo significa: queimar, ferir, estar excitado, ansioso.
O impacto dos fatores estressantes sobre profissões que requerem grau elevado de contato com o público, recebe o nome de Síndrome de Burnout. De origem inglesa, este termo significa: queimar, ferir, estar excitado, ansioso. Trata-se de uma resposta ao estresse emocional crônico, sentimentos relativos ao desempenho da profissão, representado por:
Trata-se de uma resposta ao estresse emocional crônico, sentimentos relativos ao desempenho da profissão, representado por:- exaustão física e emocional (contrastes entre tensão e tédio)
- diminuição da realização pessoal no trabalho (competência, sucesso, esforços falhos, depressão)
- despersonalização (distanciamento, separação, coisificação, insensibilidade, cinismo)
- envolvimento (pessoas, proximidade, atenção diferenciada)

BURNOUT É A REAÇÃO FINAL DO INDIVÍDUO EM FACE DAS EXPERIÊNCIAS ESTRESSANTES QUE SE ACUMULAM AO LONGO DO TEMPO.
 
  As situações de estresse contribuem para as condições de mau-uso e abuso da voz, que geram esforços e adaptações do aparelho fonador, deixando o profissional mais propenso ao desenvolvimento de uma disfonia.
As situações de estresse contribuem para as condições de mau-uso e abuso da voz, que geram esforços e adaptações do aparelho fonador, deixando o profissional mais propenso ao desenvolvimento de uma disfonia. As principais causas da Síndrome de Burnout são:
As principais causas da Síndrome de Burnout são:- Excesso de trabalho
- Sobreesforço (que leva a estados de ansiedade e fadiga)
- Desmoralização e perda de ilusão
- Perda de vocação, decepção com superiores, etc.

PRINCIPAIS SINTOMAS DA SÍNDROME DE BURNOUT
 a) Psicossomáticos: fadiga crônica, dor de cabeça, distúrbios do sono, úlceras e problemas gástricos, dores musculares, perda de peso;
 a) Psicossomáticos: fadiga crônica, dor de cabeça, distúrbios do sono, úlceras e problemas gástricos, dores musculares, perda de peso;b)Comportamentais: falta ao trabalho, vícios (fumo, álcool, drogas, café);
c)Emocionais: irritabilidade, falta de concentração, distanciamento afetivo; e
d)Relativos ao trabalho: menor capacidade, ações hostis, conflitos, etc.

TIPOS DE LESÕES
 
  Os principais tipos de lesões orgânicas resultantes das disfonias funcionais são:nódulos, pólipos e edemas das pregas vocais.
Os principais tipos de lesões orgânicas resultantes das disfonias funcionais são:nódulos, pólipos e edemas das pregas vocais. Estas 3 alterações da mucosa da prega vocal têm como característica comum, o fato de representarem uma resposta inflamatória da túnica mucosa a agentes agressivos, quer sejam de natureza externa, quer sejam decorrentes do próprio comportamento vocal.
Estas 3 alterações da mucosa da prega vocal têm como característica comum, o fato de representarem uma resposta inflamatória da túnica mucosa a agentes agressivos, quer sejam de natureza externa, quer sejam decorrentes do próprio comportamento vocal.
Nódulos
 
 
 Os nódulos resultam de: fatores anatômicos predisponentes (fendas triangulares), personalidade (ansiedade, agressividade, perfeccionismo) e do comportamento vocal inadequado (uso excessivo e abusivo da voz).
Os nódulos resultam de: fatores anatômicos predisponentes (fendas triangulares), personalidade (ansiedade, agressividade, perfeccionismo) e do comportamento vocal inadequado (uso excessivo e abusivo da voz). O tratamento dos nódulos é fonoterápico. A indicação cirúrgica, todavia, pode ser feita quando os mesmos apresentam característica esbranquiçada, dura e fibrosada, ou ainda quando existe dúvida diagnóstica.
O tratamento dos nódulos é fonoterápico. A indicação cirúrgica, todavia, pode ser feita quando os mesmos apresentam característica esbranquiçada, dura e fibrosada, ou ainda quando existe dúvida diagnóstica.
Pólipos
 
 
 Os pólipos são inflamações decorrentes de traumas em camadas mais profundas da lâmina própria da laringe, de aparência vascularizada.
Os pólipos são inflamações decorrentes de traumas em camadas mais profundas da lâmina própria da laringe, de aparência vascularizada. O tratamento é cirúrgico. A voz típica é rouca.
O tratamento é cirúrgico. A voz típica é rouca. As causas podem ser: abuso da voz ou agentes irritantes, alergias, infecções agudas, etc.
As causas podem ser: abuso da voz ou agentes irritantes, alergias, infecções agudas, etc.
Edemas das pregas (cordas) vocais
 
 
 Os edemas relacionam-se com o uso da voz. Normalmente são localizados e agudos.
Os edemas relacionam-se com o uso da voz. Normalmente são localizados e agudos. O tratamento é medicamentoso ou através de repouso vocal.
O tratamento é medicamentoso ou através de repouso vocal. Os edemas generalizados e bilaterais representam a laringite crônica, denominada Edema de Reinke. É encontrada em pessoas expostas a fatores irritantes externos, especialmente o tabagismo (fumo) e o elitismo, sendo o mais importante fator associado ao uso excessivo e abusivo da voz.
Os edemas generalizados e bilaterais representam a laringite crônica, denominada Edema de Reinke. É encontrada em pessoas expostas a fatores irritantes externos, especialmente o tabagismo (fumo) e o elitismo, sendo o mais importante fator associado ao uso excessivo e abusivo da voz. Quando discretos, os edemas podem ser tratados com medicamentos e fonoterapia, assegurando-se a eliminação de seu fator causal; quando volumosos, necessitam de remoção cirúrgica, seguida de reabilitação fonoaudiológica.
Quando discretos, os edemas podem ser tratados com medicamentos e fonoterapia, assegurando-se a eliminação de seu fator causal; quando volumosos, necessitam de remoção cirúrgica, seguida de reabilitação fonoaudiológica.
Infecções
 
  Os fatores infecciosos, incluindo as sinusites, diminuem a ressonância e alteram a função respirstória, produzindo modificações na voz.
Os fatores infecciosos, incluindo as sinusites, diminuem a ressonância e alteram a função respirstória, produzindo modificações na voz. O efeito primário das infecções das vias aéreas superiores têm efeito direto sobre a faringe e a laringe, podendo provocar irritação e edema das pregas vocais. Estes processos infecciosos podem gerar atividades danosas, como o pigarro e a tosse que, por sua vez, podem causar traumatismos nas pregas vocais.
O efeito primário das infecções das vias aéreas superiores têm efeito direto sobre a faringe e a laringe, podendo provocar irritação e edema das pregas vocais. Estes processos infecciosos podem gerar atividades danosas, como o pigarro e a tosse que, por sua vez, podem causar traumatismos nas pregas vocais. Há também fatores imunológicos, endócrinos, auditivos e emocionais, que podem causartranstornos na emissão da voz.
Há também fatores imunológicos, endócrinos, auditivos e emocionais, que podem causartranstornos na emissão da voz.
LARINGITE CRÔNICA
 
  O agravamento das irritações crônicas da laringe é denominada laringite crônica.
O agravamento das irritações crônicas da laringe é denominada laringite crônica. Os sintomas são: rouquidão e tosse, com sensação de corpo estranho na garganta, aumento de secreção, pigarro e, ocasionalmente, dor de garganta.
Os sintomas são: rouquidão e tosse, com sensação de corpo estranho na garganta, aumento de secreção, pigarro e, ocasionalmente, dor de garganta. O tratamento envolve a eliminação dos fatores que provocam a irritação da laringe (exposição a produtos químicos e tóxicos, nível elevado de ruídos, maus hábitos alimentares, refluxo alimentar devido a gorduras, pigarro crônico, etc.), além da promoção de hábitos que melhoram a higiene vocal, evitando os abusos da voz.
O tratamento envolve a eliminação dos fatores que provocam a irritação da laringe (exposição a produtos químicos e tóxicos, nível elevado de ruídos, maus hábitos alimentares, refluxo alimentar devido a gorduras, pigarro crônico, etc.), além da promoção de hábitos que melhoram a higiene vocal, evitando os abusos da voz.
O QUE É BOM PARA A SUA SAÚDE VOCAL

- Beber 7 a 8 copos de água por dia
- Procurar atendimento especializado se usar a voz na profissão
- Pastilhas, sprays ou medicamentos, só indicados por Médicos
- Evitar automedicação e soluções caseiras (gengibre, romã, etc.)
- Repouso da voz, após cada "apresentação" pública
- Usar roupas leves e evitar refrigerantes, gorduras e condimentos
- Realizar exercícios regulares de relaxamento, avaliações auditivas e fonoaudiológicas periódicas
- Manter a melhor postura da cabeça e do corpo durante a aula, a fala ou o canto.

O QUE É MAU PARA A SUA SAÚDE VOCAL

- Fumo, álcool, drogas e poluição
- Tossir, gritar muito ou pigarrear
- Cantar ou gritar quando gripado
- Falar em locais barulhentos (Olha o professor aí, gente...)
- Mudanças bruscas de temperatura
- Ambientes com muita poeira, mofo, cheiros fortes, especialmente se você for alérgico.

QUEM CUIDA DAS SUAS PREGAS (CORDAS) VOCAIS ?

 Rouquidão provocada por gripe ou resfriado pode ser tratada por um Médico clínico geral ou Pediatra. No entanto, se ela durar mais de 2 semanas ou se não tiver uma causa evidente, deverá ser avaliada por um especialista em voz: o Médico otorrinolaringologista(especialista em nariz, ouvidos e garganta).
 Rouquidão provocada por gripe ou resfriado pode ser tratada por um Médico clínico geral ou Pediatra. No entanto, se ela durar mais de 2 semanas ou se não tiver uma causa evidente, deverá ser avaliada por um especialista em voz: o Médico otorrinolaringologista(especialista em nariz, ouvidos e garganta). Problemas com a voz são melhor conduzidos por um grupo de profissionais que inclua o Médico otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo.
Problemas com a voz são melhor conduzidos por um grupo de profissionais que inclua o Médico otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo. 
  Se você quiser saber mais sobre o assunto, consulte o resultado de uma Reunião Técnica realizada recentemente, aqui no Brasil.
Se você quiser saber mais sobre o assunto, consulte o resultado de uma Reunião Técnica realizada recentemente, aqui no Brasil.http://www.diamundialdavoz.com/site_dmv/dfreq.asp


Departamento de Otorrinolaringologia, Voz e Perturbações da Comunicação
Hospital de Santa Maria(CHLN)/Faculdade de Medicina de Lisboa
Apoio: Abbott Laboratórios, Lda.
Desenvolvido por AddSolutions, 2012
Hospital de Santa Maria(CHLN)/Faculdade de Medicina de Lisboa
Apoio: Abbott Laboratórios, Lda.
Desenvolvido por AddSolutions, 2012
As doenças mais frequentes
A maioria das alterações da voz são devidas a doenças que devem ser diagnosticadas o mais precocemente possível como por exemplo: laringites, lesões benignas das cordas vocais (nódulos, polipos e quistos), refluxo gastro-esofágico e faringo-laríngeo, utilização incorrecta da voz, paralisia das cordas vocais e cancro da laringe.
Laringite
A laringite aguda é uma inflamação das cordas vocais.
Habitualmente surge durante uma infecção viral do aparelho respiratório que provoca um edema das cordas, comprometendo a sua vibração e traduzindo-se por rouquidão. O melhor tratamento é o repouso vocal e a hidratação.
Como a maior parte destas infecções são devidas a vírus os antibióticos nem sempre são necessários.
Durante uma laringite aguda há que ter o maior cuidado com a utilização da voz, pois aumenta o risco de hemorragias, nódulos, polipos e quistos.
Lesões benignas
O uso incorrecto da voz, o esforço ou o abuso vocal, pode provocar o aparecimento de lesões benignas numa ou nas duas cordas vocais que interferem com a vibração, originando rouquidão, voz áspera e cansaço vocal.
As lesões mais frequentes são os nódulos vocais, também conhecidos por "calos" das cordas vocais. Habitualmente surgem nas duas cordas sensivelmente em frente um do outro.
O seu tratamento exige repouso vocal e reabilitação (terapia da fala), com a qual se procura melhorar a técnica vocal, reduzindo ou anulando o esforço e a tensão do aparelho fonatório.
Os polipos e os quistos são outras lesões frequentes e estão igualmente, relacionadas com esforços e abuso vocal. A cirurgia está indicada, articulada com a terapia da fala.
Refluxo gastro-esofágico e faringo-laríngeo
No refluxo, a acidez do estômago pode subir até à "garganta", provocando, entre outros sintomas, rouquidão crónica ou intermitente, dificuldade na deglutição, sensação de corpo estranho, irritação e dor.
O refluxo faringo-laríngeo pode ser difícil de diagnosticar porque, em cerca de metade dos doentes, não existem queixas gástricas ou esofágicas, nomeadamente ardor retro esternal.
A existência de um refluxo é mais difícil de diagnosticar quando ocorre durante a noite. Nesta situação é frequente os doentes acordarem com uma "irritação na garganta", rouquidão, sensação de desconforto faríngeo, sem conseguirem identificar a causa. A observação pelo Otorrinolaringologista vai esclarecer se estes sintomas são provocados pelo refluxo.
Utilização incorrecta da voz
A rouquidão, assim como as outras alterações, pode ser provocada por uma utilização incorrecta da voz ou, se quisermos, por uma má técnica vocal. É o que sucede quando se fala em tons demasiado agudos ou graves.
Uma técnica vocal incorrecta obriga a um esforço das cordas vocais e dos seus músculos originando a sensação de "fadiga vocal". Os exemplos são vários - intensidade elevada da voz; voz percutida (ritmada); acentuação ou reforço da primeira sílaba de cada palavra entre outros.
A respiração é fundamental para uma voz "saudável". Uma técnica respiratória incorrecta como sucede com a respiração centrada nos ombros ou no pescoço em vez de ser costodiafragmática ou abdominal, vai aumentar a tensão nos músculos do pescoço e da laringe, originando disfonia, associada ou não a outros sintomas (dor e cansaço vocal).
As alterações posturais podem também condicionar alterações vocais. Assim se utilizarmos o telefone apoiado no ombro pode-se provocar a contracção dos músculos do pescoço e da laringe o que vai alterar a qualidade da voz.
Paralisia das cordas vocais
A disfonia assim como outros sintomas, pode estar associada a alterações dos nervos e músculos da laringe sendo a situação mais frequente a paralisia ou a parésia (diminuição da mobilidade) de uma ou das duas cordas vocais. Se as duas cordas vocais tiverem a sua mobilidade comprometida, o que é raro, surge também falta de ar e respiração ruidosa.
A paralisia ou parésia de uma corda vocal pode ser provocada por uma infecção viral como surgir após uma intervenção cirúrgica. Em alguns casos a sua etiologia é desconhecida.
A paralisia de uma das cordas vocais, altera o espaço situado entre elas, provocando uma diminuição da intensidade da voz que se pode tornar fraca e soprosa.
A maior parte das paralisias unilaterais recupera expontaneamente por si só (meses); se a paralisia se tornar permanente, a cirurgia pode ser a solução.
Neste tipo de cirurgia, para a qual existem várias técnicas, vai reposicionar-se a corda vocal paralisada, procurando-se aumentar a sua vibração.
A reeducação vocal (terapia da fala) é efectuada tanto no pré como no pós operatório. Noutros, a terapia da fala é mesmo o único tratamento.
A opção terapêutica está dependente da natureza da paralisia da corda vocal e das alterações da voz.
Cancro da Laringe
O cancro da laringe é uma doença grave que exige um diagnóstico o mais precoce possível.
O tumor da corda vocal provoca alterações na voz tornando-a rouca e áspera. Estes sintomas aparecem logo nos primeiros estádios pelo que se forem valorizados, é possível efectuar o diagnóstico numa fase precoce e obter a cura.
A rouquidão que persista mais do que duas semanas exige a observação por um Otorrinolaringologista, a qual se torna ainda mais urgente num fumador.
O tratamento do cancro da laringe inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de uma forma isolada ou em articulação.
Se um tumor da corda vocal for diagnosticado precocemente, é possível obter uma percentagem de cura superior a 90%, quer através da radioterapia quer da cirurgia.
Se notar uma alteração da voz que se torne persistente (ex.: rouquidão ou voz áspera), deve consultar o seu Otorrinolaringologista.
Texto Traduzido e adaptado de:

Laringite
A laringite aguda é uma inflamação das cordas vocais.
Habitualmente surge durante uma infecção viral do aparelho respiratório que provoca um edema das cordas, comprometendo a sua vibração e traduzindo-se por rouquidão. O melhor tratamento é o repouso vocal e a hidratação.
Como a maior parte destas infecções são devidas a vírus os antibióticos nem sempre são necessários.
Durante uma laringite aguda há que ter o maior cuidado com a utilização da voz, pois aumenta o risco de hemorragias, nódulos, polipos e quistos.
Lesões benignas
O uso incorrecto da voz, o esforço ou o abuso vocal, pode provocar o aparecimento de lesões benignas numa ou nas duas cordas vocais que interferem com a vibração, originando rouquidão, voz áspera e cansaço vocal.
As lesões mais frequentes são os nódulos vocais, também conhecidos por "calos" das cordas vocais. Habitualmente surgem nas duas cordas sensivelmente em frente um do outro.
O seu tratamento exige repouso vocal e reabilitação (terapia da fala), com a qual se procura melhorar a técnica vocal, reduzindo ou anulando o esforço e a tensão do aparelho fonatório.
Os polipos e os quistos são outras lesões frequentes e estão igualmente, relacionadas com esforços e abuso vocal. A cirurgia está indicada, articulada com a terapia da fala.
Refluxo gastro-esofágico e faringo-laríngeo
No refluxo, a acidez do estômago pode subir até à "garganta", provocando, entre outros sintomas, rouquidão crónica ou intermitente, dificuldade na deglutição, sensação de corpo estranho, irritação e dor.
O refluxo faringo-laríngeo pode ser difícil de diagnosticar porque, em cerca de metade dos doentes, não existem queixas gástricas ou esofágicas, nomeadamente ardor retro esternal.
A existência de um refluxo é mais difícil de diagnosticar quando ocorre durante a noite. Nesta situação é frequente os doentes acordarem com uma "irritação na garganta", rouquidão, sensação de desconforto faríngeo, sem conseguirem identificar a causa. A observação pelo Otorrinolaringologista vai esclarecer se estes sintomas são provocados pelo refluxo.
Utilização incorrecta da voz
A rouquidão, assim como as outras alterações, pode ser provocada por uma utilização incorrecta da voz ou, se quisermos, por uma má técnica vocal. É o que sucede quando se fala em tons demasiado agudos ou graves.
Uma técnica vocal incorrecta obriga a um esforço das cordas vocais e dos seus músculos originando a sensação de "fadiga vocal". Os exemplos são vários - intensidade elevada da voz; voz percutida (ritmada); acentuação ou reforço da primeira sílaba de cada palavra entre outros.
A respiração é fundamental para uma voz "saudável". Uma técnica respiratória incorrecta como sucede com a respiração centrada nos ombros ou no pescoço em vez de ser costodiafragmática ou abdominal, vai aumentar a tensão nos músculos do pescoço e da laringe, originando disfonia, associada ou não a outros sintomas (dor e cansaço vocal).
As alterações posturais podem também condicionar alterações vocais. Assim se utilizarmos o telefone apoiado no ombro pode-se provocar a contracção dos músculos do pescoço e da laringe o que vai alterar a qualidade da voz.
Paralisia das cordas vocais
A disfonia assim como outros sintomas, pode estar associada a alterações dos nervos e músculos da laringe sendo a situação mais frequente a paralisia ou a parésia (diminuição da mobilidade) de uma ou das duas cordas vocais. Se as duas cordas vocais tiverem a sua mobilidade comprometida, o que é raro, surge também falta de ar e respiração ruidosa.
A paralisia ou parésia de uma corda vocal pode ser provocada por uma infecção viral como surgir após uma intervenção cirúrgica. Em alguns casos a sua etiologia é desconhecida.
A paralisia de uma das cordas vocais, altera o espaço situado entre elas, provocando uma diminuição da intensidade da voz que se pode tornar fraca e soprosa.
A maior parte das paralisias unilaterais recupera expontaneamente por si só (meses); se a paralisia se tornar permanente, a cirurgia pode ser a solução.
Neste tipo de cirurgia, para a qual existem várias técnicas, vai reposicionar-se a corda vocal paralisada, procurando-se aumentar a sua vibração.
A reeducação vocal (terapia da fala) é efectuada tanto no pré como no pós operatório. Noutros, a terapia da fala é mesmo o único tratamento.
A opção terapêutica está dependente da natureza da paralisia da corda vocal e das alterações da voz.
Cancro da Laringe
O cancro da laringe é uma doença grave que exige um diagnóstico o mais precoce possível.
O tumor da corda vocal provoca alterações na voz tornando-a rouca e áspera. Estes sintomas aparecem logo nos primeiros estádios pelo que se forem valorizados, é possível efectuar o diagnóstico numa fase precoce e obter a cura.
A rouquidão que persista mais do que duas semanas exige a observação por um Otorrinolaringologista, a qual se torna ainda mais urgente num fumador.
O tratamento do cancro da laringe inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de uma forma isolada ou em articulação.
Se um tumor da corda vocal for diagnosticado precocemente, é possível obter uma percentagem de cura superior a 90%, quer através da radioterapia quer da cirurgia.
Se notar uma alteração da voz que se torne persistente (ex.: rouquidão ou voz áspera), deve consultar o seu Otorrinolaringologista.
Texto Traduzido e adaptado de:


 Festa da Voz nas
 Festa da Voz nas
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