Ausência profissional de professora devido refluxo gastroesofágico

Há dois meses aproximadamente afastada de sala de aula, o pior, não de férias nas Bahamas, nem no Caribe, mas sem voz e na realização de uma vídeo-laringo-estroboscopia, nada nas cordas vocais, mas um refluxo, que hoje pesquisando, observei que tem haver com o que sinto.
Sempre falo, que tem um ovo travando minha garganta na parte de baixo, justamente na região entre pescoço e tronco.
Um mal estar até para beber água.
Bem, o duro é ver colegas que acham que estou com frescura, e ligam para sua casa não para perguntar como você está, se está precisando de um amigo, um apoio, mas para saber se tem previsão de quando você volta às aulas, pois está atrapalhando no andamento da gestão. Duro saber, que as pessoas são egocentristas demais, em especial, gestores de escola pública, que parecem que são os tais.E, esquecem que já foram docentes, sei que tem muitos docentes, assim como em qualquer profissão que não valem o pão que comem, mas outros, dão aulas sem enxergar de um olho, devido descolamento de retina, mas que os médicos acham apta a trabalhar, outros que estão readaptados na Secretaria de Educação do Estado, mas dão aulas em escolas particulares, agora quem só serve o próprio estado,fica nessa, sem grana, e colegas que acham besteira você está afastada.
Estou disfônica há 2 meses, sinto pelos meus alunos, meus filhos são meus alunos, uma na sétima e outro na quinta, eu sinto por eles, acabo ficando mais tensa, e revoltada, pois não sai logo minha readaptação, quero trabalhar, mas em sala de aula, não posso mais. Hoje mesmo, estou sem voz nenhuma, é difícil até conversar com os filhos, e o cansaço para falar é severo, dói o peito, a respiração fica ofegante.
Ah. Quanto tempo mais, terei que aguentar????
Seja o que Deus quiser!!!!
Segue abaixo uma pesquisa sobre as minhas condições que eu compartilho com vocês.
http://www.ipocto.com.br/janelas/clinico/dc-Refluxo.htm
DIAGNÓSTICO:DOENÇA DO REFLUXO
GASTRO-ESOFÁGICO (DRGE)
  
O refluxo gastroesofágico é um problema que ocorre, cada vez mais comumente, hoje em dia. Trata-se de uma doença multifatorial (dependente de muitos fatores). Por definição, a doença do refluxo gastroesofágico é a subida do ácido produzido no estômago em direção à faringe (garganta). Isso ocorre, principalmente, quando o paciente se encontra em posição horizontal (deitado). Imagine-se uma garrafa: quando está em pé, o líquido em seu interior está em baixo, por ação da gravidade. No entanto, quando se deita a garrafa, o líquido no interior vai em direção ao bico e transborda. Um mecanismo semelhante ocorre com as pessoas que tem refluxo: o ácido do estômago, por incompetência ou dilatação do esfíncter esofágico inferior (músculo que separa o esôfago do estômago - ver figura abaixo) vem em direção ao esôfago, atinge a garganta e provoca sintomas diversos.

Combater as causas desse problema é de importância fundamental para seu tratamento. Como causas, procuraremos citar aqui os mais importantes fatores que contribuem para o incremento dessa patologia: o stress do dia-a-dia, a vida cada vez mais competitiva e mais difícil para a população de um modo geral, fazendo com que doenças como ansiedades, depressões - entre outros vários distúrbios comportamentais - sejam cada vez mais freqüentes. Esses fatores estão diretamente ligados ao aumento da produção ácida do estômago e favorecem a presença do refluxo.

Outro fator também importante e cada vez mais comum, nos dias atuais, é a inadequada alimentação adotada pela maioria das pessoas. Hoje em dia, as lanchonetes, devido ao seu fast-food, são cada vez mais freqüentadas e, pela correria do dia-a-dia, a população mal tem tempo de tomar refeições adequadas ou sentar-se para se alimentar direito.

O hábito de comer "mal", em especial, alimentos gordurosos e guloseimas, ocorre cada vez mais freqüentemente. Frituras, gorduras, doces, cafés, chocolates, chá-preto, queijos, chimarrão, refrigerantes, cigarros, bebidas alcoólicas e condimentos em excesso não fazem nada bem para a mucosa gástrica e favorecem a presença do refluxo.

O aumento da obesidade e as roupas apertadas podem piorar o desconforto. A falta de exercício físico e medicamentos em excesso -tomados, principalmente, por conta do paciente, tais como antiinflamatórios e antibióticos - também agravam o quadro.

A existência de problemas anatômicos como a hérnia de hiato (mucosa do estômago que se insere dentro do esôfago) indica, quase com certeza, a presença de refluxo. As gastrites e as úlceras também são fatores que propiciam a doença.

O diagnóstico pode ser feito através de um bom histórico dos sintomas que incluem, usualmente: sensação de "coisa" ou de "bola" enroscada na garganta, pigarro, tosse seca, boca seca, afogamentos com a própria saliva, faringites crônicas e episódios recorrentes de dor de garganta, laringites ou disfonia crônica (perda da voz de repetição). Logicamente, nem todos os pacientes com refluxo apresentam todos esses sintomas, cuja presença costuma ser bastante diversificada.

Exames complementares do raciocínio médico podem ser solicitados, a critério de cada profissional e do próprio paciente. Dentre os exames que auxiliam para o diagnóstico do problema, incluem-se: Videolaringoscopia, Endoscopia Digestiva, PHmetria, RX contrastado do esôfago e outros.

O tratamento do refluxo gastroesofágico baseia-se em dois pilares fundamentais: o primeiro orienta a afastar as possíveis causas do problema e a adotar alguns hábitos básicos de vida, tais como: alimentar-se melhor; evitar comer e deitar ou comer deitado; fazer uma última refeição mais leve, preferencialmente equilibrada e cerca de 2 horas antes de deitar; diminuir a quantidade de alimentos gordurosos; procurar fazer exercícios físicos; e, se estiver acima do peso, emagrecer um pouco. Para os que apreciam café, chocolate, chimarrão, doce, queijos, gorduras, é aconselhável dar uma refreada nesse tipo de alimento.

É essencial que pessoas com sinais de stress, ansiedade, depressão e outros distúrbios comportamentais, procurem tratamento adequado para o caso. Especialmente, se houver perturbações gástricas. A automedicação pode tornar-se um grave problema. É altamente recomendável que qualquer tipo de medicação seja efetuada sob adequada orientação do médico assistente; não do "médico" da farmácia, ou dos amigos; ou mesmo da propaganda da televisão.

O segundo pilar orienta no sentido de que medicamentos adequados sejam utilizados por um período aproximado de dois a seis meses, para que a produção ácida do estômago seja diminuída.

Essa doença pode ocorrer também na população infantil. E pode provocar problemas de via aérea, entre os quais as otites e sinusites de repetição; os problemas respiratórios por aspiração do ácido, como a bronquite e a asma. Nesses casos, mostra-se essencial uma investigação minuciosa realizada pelo pediatra.
  
Trato digestivo
Esfíncter esofágico inferior
Laringite posterior


Outros cuidados:
http://www.otorrinospoa.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=58&Itemid=71
Cuidados com a VozPDFImprimirE-mail
Uma boa voz depende da saúde e harmonia de todo o corpo. Para manter a sua voz saudável observe os seguintes itens:
Hidratação: as pregas vocais vibram muito rápido para produzir a voz, exigindo uma mucosa solta e flexível, para que isso ocorra de modo livre e com atrito reduzido é essencial que a laringe esteja bem hidratada. Beba bastante líquido, água principalmente, ao longo de seu dia. Nunca beba água gelada quando estiver falando.
Repouso: como qualquer atividade física, a voz exige um gasto de energia para que as pregas vocais vibrem. Quando falamos demais pode ocorrer fadiga vocal. Nesta situação percebe-se que a voz sai mais baixa e mais fraca.
Necessitamos em média 8 horas de sono diariamente para repor as energias. Quando não conseguimos dormir bem, pode-se perceber voz rouca e fraca pela manhã. Por isso, para manter uma voz saudável respeite seu tempo de sono para que o organismo recupere as energias.
Fumo:
o cigarro é nocivo à sua laringe e às pregas vocais, age diretamente sobre a mucosa causando irritação, além de agredir todo sistema respiratório. O fumo é considerado um dos principais fatores desencadeantes do câncer de laringe e pulmão.
Álcool:
provoca inchaço nas pregas vocais e uma leve anestesia na faringe com redução da sensibilidade desta região; deprime o sistema nervoso central inibindo a censura. Como conseqüência uma série de abusos vocais podem ser cometidos, sem que se perceba e somente serão notadas após o efeito da bebida: ardência, queimação, voz rouca e fraca.
Hábitos vocais:
pigarrear, tossir e "raspar" a garganta para limpá-la, causam alterações nas pregas vocais pelo atrito que ocasiona. Para evitar o pigarro beba água para mantê-las hidratadas. Evite conversar sussurrando e cochichando, isso exige um grande esforço para a produção natural da voz. Ao falar mantenha a voz numa intensidade moderada, isto é nem tão forte, para não machucar as pregas vocais e também nem tão fraca, pois acaba prejudicando o entendimento do ouvinte.
Vestuário:
evite usar roupas apertadas. Na região do pescoço onde está a laringe (gravatas, colares e lenços) e na cintura os cintos e as faixas dificultam a movimentação do músculo diafragma que é importante para o suporte respiratório da fonação.
Alimentação:
chocolates e derivados do leite aumentam a viscosidade do muco no trato vocal e com isso induzindo a produção do pigarro. Os alimentos condimentados lentificam a digestão e dificultam a movimentação do diafragma. Prefira alimentos leves, como verduras, legumes e frutas e mastigue bem, pois além de serem mais saudáveis também relaxam os músculos da mandíbula, língua e faringe, propiciando uma melhor dicção.

***Alergias: as alergias das vias aéreas (bronquite, asma, rinite, laringite) muitas vezes ocasionam edema (inchaço) e inflamação da mucosa do nariz e podem provocar alteração na respiração (você passa a respirar pela boca), além de acarretar outros problemas, tais como: rouquidão, afonia (perda da voz) e modificações na ressonância. Quando estiver em crise alérgica faça repouso vocal, beba bastante líquidos e procure atendimento médico.
Drogas:
o uso de drogas inalatórias e injetáveis são prejudiciais tanto para a sua saúde em geral quanto para sua voz. Provocam ressecamento na laringe, danos à mucosa do trato vocal e lesões no septo.
Poluição:
pode ocasionar modificações na voz e na laringe de forma aguda ou crônica. A fumaça e produtos químicos que estão no ar podem comprometer a árvore respiratória das narinas até os pulmões.Os sintomas mais comuns ligados à poluição são: dificuldades ao respirar e também irritação na boca, língua e nariz. Há também a poluição sonora, que além de trazer danos à audição também pode provocar danos à voz, uma vez você acaba falando mais forte. Profissionais que estão expostos a ruídos intensos (trabalhadores da construção civil, aeroportos) devem usar medidas de proteção, tais como: protetores auriculares e fones de ouvido.
Ar condicionado:
ambientes refrigerados reduzem a umidade do ar e ocasiona o ressecamento do trato vocal, fazendo com que você faça mais esforço ao falar. Nestes casos beba bastante água para manter as suas pregas vocais hidratadas.
Temperatura:
modificações de temperatura podem favorecer o surgimento de infecções respiratórias e com isso prejudicar a sua voz. Evite mudanças bruscas de temperatura.
Esportes:
se você pratica esportes como: o boxe, musculação, tênis e vôlei, evite conversar durante a atividade física, pois estes esportes direcionam a tensão muscular na região do pescoço, costas e ombros, contribuindo para que sua voz fique tensa e comprimida.
Medicamentos:
medicamentos usados para tratamento de alergias e infecções provocam ressecamento da "garganta"; os diuréticos e remédios para dormir dificultam a emissão da voz.
Hormônios: os hormônios estão diretamente ligados com modificações da voz desde a puberdade até a idade adulta. Nas mulheres a voz sofre uma discreta alteração durante o período pré-menstrual, durante a gestação e uso do anticoncepcional. Mulheres que apresentam sinais de tensão-pré-menstrual, como, por exemplo, irritar-se facilmente e tendências à depressão possuem maiores chances de ter alterações vocais (voz rouca, grossa, cansaço ao falar) durante o ciclo da menstruação.
Refluxo gastroesofágico:
é o retorno do suco gástrico do estômago que passa pelo esôfago e atinge a boca. Este refluxo pode atingir a laringe e as pregas vocais e ocasionar alterações na voz. Evite ingerir alimentos muito condimentados, gordurosos, derivados do leite, dietéticos, pois favorece o aparecimento do refluxo gastroesofágico. Um dos sinais do refluxo são a sensação de "bola na garganta", pigarro constante, mau hálito, erosões dentárias, saliva "grossa", rouquidão. Cuide para não deitar após as refeições, espere no mínimo por duas horas.
Caso você sinta cansaço ao falar, ardência, dor de garganta, perda da voz, rouquidão e estes sintomas persistirem por mais de 15 dias procure atendimento médico. Não se assuste, mas estes podem ser os primeiros sinais e sintomas de um câncer de laringe.
Cuide de sua saúde, cuide de sua voz !
Fonoaudiólogas:
Maria Elza Kazumi Yamaguti Dorfman
Lauren Medeiros Paniagua

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