Lixo radioativo, existe em todo e qualquer lugar. Leia a reportagem de Joelma Couto
Por Joelma Couto Depósito de lixo radioativo localizado na zona sul de São Paulo está em área densamente povoada e ao lado de futuro templo do padre Marcelo Rossi. Fotos: Fábia Renata. No dia 23 de fevereiro de 1970, em plena ditadura militar, começa a história do trabalhador José Venâncio Alves. Venâncio, como é conhecido pelos amigos, a partir desse dia passa a fazer parte do quadro de funcionários da Administração de Produção de Monazita (APM), localizada em um terreno de 20 mil m² na rua Princesa Isabel, 3, no bairro do Brooklin, em São Paulo. A estatal ligada ao programa nuclear brasileiro passaria, em 1975, a chamar-se Nuclebrás Monazita (Nuclemon). Venâncio veio de Itaverava, Minas Gerais. Foi seu cunhado, Aarão, que já estava em São Paulo, que lhe arrumou o emprego. Venâncio, assim como o cunhado, tinha pouco estudo. Era chegar e trabalhar, a empresa não exigia muito e oferecia algumas vantagens, tais como quatro latas de leite por mês para cada filho menor de 10 anos e