Agradecer é preciso, divulgar também é.
É preciso
agradecer porque agradecer será sempre preciso. Na precisão do ser, encontra-se
a necessidade do trajeto, em alegrias e encalços.
Meu teor é
minha gente, são meus pares. Meu teor tem como termômetro o outro que sou,
outros eus, Deuses e tantos. Revela-se em mesma face o que espanta e encanta, existe
e resiste na medida de tudo que faço.
Poderia
responder a vida que o impulso que me mobiliza para a iniciativa da Festa do
Cavalo Nóia vem força do querer desse outro comum – que fere e que é ferido pela
indiferença. Dessa gente que busca definição de rosto em meio à apatia macro social.
Cuja identidade é esmagada no turbilhão desse sistema louco (valores distorcidos
e equivocados), gerador de felicidades
fingidas.
Poderia em
agradecimento mais agressivo, cantar-citar todos nomes aqui, em cores, ao som
de “Cores, Nomes” parafraseando o “Trem
das Cores” de Caetano, para justificar nosso sucesso alcançado.
Mas, mesmo assim, não me daria por satisfeito.
Para cunho
da história, que se faz fazendo, processualmente, no mais gerúndio aplicado dos
verbos, eu diria que nosso “feito”, também se deu, pela inércia dos auto-excluídos
e em diversas instâncias. Posto assim, no sentido de colaboração, os termos “inclusão
e exclusão” são intimamente ligados à boa vontade que é o lugar maior da
realização.
Existem
pessoas por dentro e por fora, as “contidas” e as “não contidas”, as que “pertencem”
e as que “não pertencem”, essa é uma diferença salutar. O sentimento de
pertencimento é amplo, grandioso e genuíno. A ajuda acontece no calor do
acontecimento, quem colabora tem como princípio um resultado melhor, um desgaste
mínimo do outro.
Amizade é amparo,
é um abraço, é um gesto. Valores assim, solidariedade, comunhão, que resultam
em companheirismo - que é a verdadeira parceria e que se dá por trocas justas, a
gente adquire na vida.
Não nascemos
bons nem ruins, vamo-nos nos formando em diálogo com o mundo, como diz Paulo
Freire. Portanto, participar da festa é um dado relativo e gratuito. Longe da
obrigatoriedade, gente de muito longe da escola se sente fazedor e muitos que
trabalham, estudam ou moram no foco se sentem isentos da manifestação. Como a
cultura é viva e a arte tem estratagemas infinitos, o Cavalo Nóia segue assim,
em constante aprendizado, distribuindo significações e aprendendo horrores.
Também é
preciso ter cuidados: “Em Tempos Estranhos”, o recalque se assemelha com um “toque
de recolher na alma”.
Educar é
para além de estrelismos, é dia-a-dia, AÇÃO E REAÇÃO.
Deus me
permita uma mente sã, um corpo disposto ao encontro e um coração com atitudes letivas
voltadas para a benevolência.
Deus me
livre, sobretudo, dos levianos, Amém.
Um salve a
todos que se reconhecem nessas linhas.
Felizes Mudanças
Nossas Que Nos Garante Humanidade!
Vamos pensar
2013, que 2014, 15 e 16 já estão engatados.
Beijos a
todos, coração na mão e saudade constante.
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