Memórias de uma escritora e seu pedaço de chão.

Refletindo das lembranças de criança, que ainda me restam, lembram que até dez anos atrás, morava numa rua tranquila, no bairro do Jardim Ofélia, onde vi crescer: comércios, escolas, poluição do córrego de deságua na Billings, vi surgir comunidades, e outras atividades.
Lembro, que hoje onde é a escola estadual professor doutor Lauro Pereira Travassos, foi um lugar de sítio, havia patos, galináceos, e outros bichos, até a pedra continua lá no mesmo lugar, onde a catequista Loudinha, nos orientava nas coisas de Deus, hoje já todas as ruas asfaltadas, marcadas com novos moradores, se foi um pouco da Natureza.
Sem contar da Escola Municipal Mário Schonberg, que no começo de sua formação era do Governo do Estado, e por fim passou a ser da Prefeitura, mas lembro da placa de sua construção. E, esta escola, foi construída, num lugar onde as primeiras Missionárias moravam, e quando eu tinha 6 para 7 anos, a atravessa para ir à casa de minha amiga Rita de Cássia R Roque, pois estudávamos na EMEF Profª Isabel Vieira Ferreira, tinha no caminho, cavalos, trilha, e hoje também se acabou.
Mas, voltando a falar da construção do Mário Schonberg, após as missionárias encontrarem outra moradia, ali se tornou um campo, onde meu pai, ajudou na limpeza do matagal que ali anunciava, ou seja seu Francisco da Silva Mendes, foi um dos primeiros fundadores do Campo de futebol, onde aos domingos, enchia de torcidas e times pelas manhãs. Hoje, já observamos a escola construída, com alguns espaços verdes, mas o esgoto caindo, ainda no córrego, que hoje não tem mais vida, não tem mais águas cristalinas, está cheio de fezes, que despejamos diariamente.É lamentável!!!!
Além disso, atravessando a escola Mário Schonberg, já estaremos num outro bairro, a Vila Missionária, onde temos a maioria dos nomes das ruas, de missionários, e especial do PIME, que hoje tem como sede a Paróquia São Francisco Xavier, que eu assisti missas várias vezes, quando pequena e ia para a Vila Clara a pé, passávamos na igreja, onde hoje é o salão paroquial.
Tantas coisas mudaram desde então, e mesmo nas falhas de minha memória, esta é um pouco da história que posso contar e deixar registrado aqui. Pena que não tenho todas as fotografias, mas com pessoas, como meu compadre Francisco Campos, filho da vó Maria( ex escrava - que conheci, e que jamais esquecerei), conhece um pouco mais, assim, como outras pessoas, e sugiro para estas escolas, chamarem estas pessoas, para divulgarem um pouco mais a história desse bairro, que não foi construído só pelos nordestinos, mas por mineiros, exs escravos, portugueses, italianos(Dona Maria do seu Marcelo), entre outros.
Agradeço a todos a oportunidade de poder contar e exemplificar esta história.
Lembrando um dado importante que a EMEF João Sussumu Hirata, na Estrada do Alvarenga, foi inaugurada em 1975, onde inicie da segunda série até a oitava, tendo ótimos professores, como a professora Tereza Milian (3ª série), Professora Terezinha (4ª série), a mãe da minha amiga Daniela, que era japonesa, e foi minha professora na segunda série do Sussumu, e o mais engraçado, a Sandra, filha mais velha da minha professora da segunda série, foi uma das minhas catequistas na Igreja Nossa Senhora Aparecida Jardim Pedreira, e lembrando de outros professores, lembro da dona Valéria ( vice-diretora), do professor Ricardo de Ciências, das professoras maravilhosas de Matemática: Bárbara, que o Énio, era apaixonado por ela, a professora Luisa, minha adorável professora Edna, Élcio ( Estudos Sociais), Dionísio, e outros. Saudades...Agradeço, a todos pela minha formação. Enfim, deixo aqui, um desabafo, que muitos dos alunos de hoje, mal sabem o nome de seus professores, quanto mais os terão na memória.
Um abraço a todos, e que Deus os abençoe!!! Escritora Téka Castro

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