Comentário sobre questão ambiental
“Busco o melhor lugar do mundo
para soltar minhas palavras e delas gerar as sementes das futuras gerações.
Vamos reflorestar o homem.” Juliana Brito Santana Leal, 12 anos,
Goiânia (GO). Participante do 6º Concurso de Redação Ler É Preciso.
Elaboração das respostas às
questões acima da Professora e escritora Tereza Cristina Gonçalves Mendes
Castro, formada em Química.
Na escola onde atuo, tendo em vista já
alguns anos a questão ambiental, elaborei inicialmente um projeto de reciclagem
e artesanato, onde alunos do EJA elaboravam com materiais recicláveis objetos
de utilidade. Até que um dia, assistindo a uma entrevista com a Dra Zilda Arns,
sobre a desnutrição infantil, senti que nossa comunidade, não alunos, pais, a
própria cozinha escolar, joga muitas coisas que poderiam ser aproveitadas fora,
como por exemplo, os talos da cebolinha, ou tiram a casca do abacaxi, e
simplesmente jogam no lixo, sabendo que esta casca também está cheia de
nutrientes. Então, unindo o útil ao agradável, comecei a repensar nas minhas
aulas nos terceiros anos do EJA, onde os alunos são mais maduros, mas tive uma
experiência, também com um terceiro regular. Batizei o Projeto de Reaproveitamento
Alimentar, e tem tanto a parte escrita, que compõe a Disciplina de Química,
como o envolver de outras, como Matemática, procurei passar também aos alunos a
questão da Exposição Degustativa, onde os alunos levam os pratos para
apreciação. Nessas exposições, eu já provei brigadeiro de casca de banana, doce
da casca de melancia, e descobri com os próprios alunos, que a parte branca da
melancia é um Viagra natural.
Claro que este projeto criado por mim,
visa à questão do desperdício, pois vivemos numa região de Manancial, e como
moradora do bairro há alguns anos, percebi que o córrego, que deságua na
Billings simplesmente morreu, e além das construções desenfreadas e impróprias,
o lixo é jogado de maneira irregular, e traz um ambiente poluído, sujo e com
seres como ratos e baratas para a região.
Por isso, com a atuação de meu projeto,
pude perceber mudanças da maioria dos alunos na questão do desperdício de
alimentos. O Professor Cícero desenvolveu no dia 5 de Junho, dia do Meio
Ambiente, outro, projeto que expôs na escola, na conscientização sobre a Água e
o Aquecimento Global.
Nessa questão de atuação ambiental, mesmo
estando numa área de manancial, são poucos os docentes que estão envolvidos
dentro da Educação Ambiental, e para isso, a sensibilização é importantíssima
para podemos conscientizar aos nossos alunos.
Na questão sobre a água e a hidrografia de
nossa região, que no passado foi muito rica, hoje a vejo sendo destruída,
desvalorizada, pela própria população.
No mapa acima, está à região onde se
encontra tanto a área que eu resido, como a escola que leciono. Extraído do
seguinte site http://www.google.com/imgres?num=10&hl=pt-BR&rlz=1C1FDUM_enBR488BR488&biw=1024&bih=677&tbm=isch&tbnid=LXgUACPitOavfM:&imgrefurl=http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/desenvolvimento_urbano/legislacao/planos_regionais/index.php%3Fp%3D1763&docid=3m3NnvgJFsP8OM&imgurl=http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/0001/parte_II/cidade_ademar/16-MAPA-AD-04.jpg&w=1713&h=2467&ei=vJ2KUL6-AoTo8gT67ICoBw&zoom=1&iact=hc&vpx=589&vpy=117&dur=630&hovh=130&hovw=90&tx=88&ty=144&sig=101287159895562584889&sqi=2&page=1&tbnh=130&tbnw=90&start=0&ndsp=22&ved=1t:429,r:3,s:0,i:75
Já houve projetos das escolas com a
Sociedade de Amigos do Balneário Mar Paulista, onde havia passeatas em torno à
represa, e questões sobre lixo, biodiversidade e outros pontos, mas
infelizmente houve numa das passeatas a morte de adolescentes, que de manhã,
foram com os professores, e a tarde voltaram e como estava um dia quente, foram
nadar, acabaram se afogando. Nisso, a parceria foi encerrada. Lembro a
situação, pois estava como secretaria da Sociedade, e lecionava em uma das
escolas parceiras.
Fora isso, as questões ambientais foram
sendo esquecidas e a Sociedade de amigos foi desfeita, e eu como educadora
acabei me envolvendo e agindo por conta nas salas de aula que eu estive, e
estou trabalhando. Claro que sei que muitos docentes são solitários como eu para
explicar ou tentar desenvolver um trabalho na Educação Ambiental.
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