Poesias a nível Internacional
Publicação da Revista Magazine, Portugal. Esta é para ti Paulinha, espero que goste.
MAGAZINE CEN / Fevereiro 2012
“POESIA“
4º
BLOCO
|
Edição de Carlos Leite Ribeiro
|
Nancy
Cobo
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Ah! O Amor
Amor é Brilho nos olhos, Sorriso na face, Beijos cheios de amor Do toque no corpo que dá o arrepio, trazendo junto o desejo, o tesão A completa vontade de estar junto, De sentir as mãos deslizarem pelas curvas do corpo num cadenciar de carinhos, apertos, arranhões, beijos quentes, abraços apertados chegando ao encontro perfeito entre dois corpos, e dois corações batendo num só compasso, nesse exato momento me perco dentro de você e você se perde dentro de mim... E num bailar sedentos de amor Sugamos o mel, Que escorre por entre os dois corpos, que não cansam de se procurar e que há muito já se encontraram. Ao olhar para dentro de mim você me amou me sentiu, me fez tua mulher. E ao olhar para dentro de você me achei te amei, foste e é o meu homem
Envelhecer
Os filhos quando vão crescendo fazem ver aos pais que estão envelhecendo sim, para muitos é uma situação difícil de encarar. Os netos nascem quando são pegos no colo é a coisa mais linda que os avós sentem, um sentimento que não tem explicação. Vão crescendo, à hora da creche, depois da Escola. Ai começa a indiferença, sim, alguns filhos Quando os avós não podem mais ajudar, pegar os filhos na escola, levar para o balé para natação, para aulas de Inglês, passam a ser descartáveis esquecidos, mas quando eram avós presentes sempre ligavam pedindo ajuda. Mas depois que envelhecem, passam a ser dois velhos que caem no esquecimento, uma vez ou outra lembram de dar um oi, perguntar como vão você? As festas, Os amigos, O trabalho, Nunca deixaram sobrar tempo para a família, ou melhor, para aqueles de quem muito precisaram e muita ajuda tiveram que fome passaram, mas para os filhos nada deixaram faltar. Esses filhos não sabem que no coração a dor desse esquecimento deixa uma ferida grande, que faz a cada dia a avó e o avô, sofrerem a dor da solidão, do abandono. Quando chegar a hora da partida, os descartáveis farão muita falta ai esse filhos Irão chorar, e dizer meu Deus, o que foi que eu fiz Porque deixei de olhar pelos meus Pais e ver que Eles precisavam de minha ajuda Que Eles não estavam bem estavam sem brilho no olhar, sentiam suas dores passavam mal e nada fizemos. Eles que tanto nos ajudaram, agora não estão mais aqui para nós dizermos Obrigada meus Pais por tudo que vocês fizeram, nós te amamos Mas os descartáveis e esquecidos em vida nunca deixaram de dizer aos filhos contem sempre com agente o que quiserem nos peçam que faremos e saibam que nós te amamos. Sei que muitos ao ler essa triste crônica irão se ver dentro dele, mas aqueles que ainda não passam por isso se preparem, pois o dia de amanhã ninguém sabe, e por mais amor Que tenhamos dado aos nossos filhos, nunca se sabe o que Eles vão nos dar.
Nancy
Cobo
|
|
Pinhal
Dias
Amora (Lisboa)
Amora (Lisboa)
O Sol aquece e dá felicidade
Valores que naufragam n’amizade Por essas horas que se perdem no tempo Nos insucessos de afectividade Vida vai rolando no passatempo Por um elo do mundo virtual ao real Deve reger e manter as diferenças A simpatia, no amor é primordial Resultando melhorar as frequências E quem saboreia a comida do prato Depois cospe, refugia-se no ingrato Por ser um despido de humildade Há sempre um alguém que lhe dá a mão A remediar o abraço d’um irmão O Sol aquece e dá felicidade. Pinhal Dias (Lahnip) – Amora / Portugal (In: “Palavras ditas no tempo certo”) |
|
Rahna
(Claudia Dutra Gallo
Nilópolis/RJ
Nilópolis/RJ
Poema do Adeus Definitivo
Vamos... Devemos nos dizer Adeus! Dividir os bens e os males... O pão e as pedras... O riso e a lágrima... Esvaziar gavetas... Rasgar fotografias... Devemos, num esforço extremo Do extenuado amor que se finda, Repartir o horizonte Para que, desvestido das peles do ontem, Cada um receba na justa medida Sua porção de Novo Dia...
Rahna (Claudia Dutra
Gallo
|
|
Regina
Araujo
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
DEPOIS DO FIM
Um dia, Mesmo que em meio às multidões de mortos e feridos, estaremos lá, braços abertos, coração disparado, correndo ao encontro do outro sem pressa... Em volta dos escombros, para construir nosso ninho, somente com a persistência do amor que nos manteve nesse mundo esquisito. E somente ele – o Amor – poderá nos dar a força para caminhar nessa trilha sem fim. O final dos tempos será nossa ressurreição! Abriremos nossa tumba, e aí então, estaremos realmente livres para consumar o sonho. Força única que sobreviverá a todas as químicas mumificantes, transformando nossos corpos em energia ativa do que é mais puro, indizível e eterno: O nosso Amor... Que silencioso sobreviveu na justa e sofrida estrada, apenas porque estava guardado, escondido na alma, esperando o momento exato para brilhar.
Regina
Araujo
|
|
Renã
Leite Pontes
Rio Branco - Acre
Rio Branco - Acre
Te busco
Te busco nos ares que trazem teu cheiro E o que diviso imerso, à cintura, na água é tão amplo. O teu corpo de sereia nua Que observo de longe, tremendo... teu peito: Torrente de vulcão que em minha boca arde. Adoro a imagem que agora contemplo. Miragem de fumo do incenso de um Templo, Névoas... um calmante, Mas domina o que penso: Um mar de pensamentos, Encoberto por gamas de um céu azul amplo. Tremendo, me reinvento e Conjugo-te o verbo... abraços, teus olhos, teu coito de deusa Amante de um simples mortal. Mas, que tarde! É tão forte o contacto, teu cheiro, o arrepio, Que me engasgo do ar que da tua boca exala, Qual droga alucinante, que definhando sorvo. Vem, dulcíssimo veneno! Nem te sinto o gosto. Entrega-me tua “chave de ouro”, Teza rima que me completa. Porém, se um dia não mais me quiseres, Mata-me! Prefiro morrer (de amar) em teu colo macio, Deixar de respirar para ouvir teu silêncio, A viver na solidão da tua ausência ingente. Renã Leite Pontes |
|
Rosa
Pena
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Sumário-de-culpa
A razão diz:
— Deixa de bobagem! Contra-ataca o eterno coração aprendiz. —Amor é como tatuagem. Pode-se arrancar, mas deixa cicatriz.
Rosa
Pena
|
|
Sá de Freitas
Avaré-SP
Avaré-SP
AQUELE
HOMEM
Aquele homem ali, roupa rasgada, Barbudo, de chapéu, ao nada olhando, A estender a mão suja e cansada À caridade dos que vão passando, Já foi uma pessoa destacada Na alta sociedade, mas julgando Que os pobres nunca mereciam nada, A prática do bem foi ignorando. Vivia à sós sem ter nenhum parente E fortunas gastava inutilmente, Mas tudo, um dia, desapareceu. Passou o tempo e agora abandonado, Por ironia fica ali sentado, Rente à porta do prédio que foi seu. Samuel Freitas de Oliveira |
|
Sonia
Salete Lagonegro
São Paulo
São Paulo
Promessas...
Esperava... O frio estalava na pele. O coração dizia que o amor não se acabaria! Doce ilusão! Sua história era de pura paixão, como poderia ele dizer não! Esperaria sim, pela eternidade, mesmo neste mundo triste onde procurava pelo seu amor! Sem carinhos, esperava sentindo na pele o frio tocar! Talvez a eternidade fosse o tempo deste grande amor! Suas promessas ... Talvez um dia pudessem valer! Sonia Salete Lagonegro |
|
Tereza Cristina Gonçalves Mendes
Castro
(Téka Castro)
São Paulo
São Paulo
Ana Paula
À Ana Paula Rezende. Menina abençoada por Deus Nascestes em uma família que muito lhe ama. Hoje, aos dezenove anos, és mãe. A Pietra está a chegar, E, com certeza lembrarás de seus pais. Os sofrimentos, as alegrias, e todo e qualquer sentimento. Chorarás de alegria e tristeza. Encontrarás abrigo na Mãe Natureza. Deus lhe dará proezas e vitórias. Gostaria que sua história fosse diferente, Mas somente Deus para lhe guiar. Sinto que a vida nos deu atitudes, Hoje sua juventude é consumida. Em contrapartida, o tempo a amadureceu. Que Deus lhe proteja, E, abençoe cada passo seu. Dessa sua prima poeta, Que muito estima tem por ti. Só queria lhe ver feliz!!! |
|
Efigênia Coutinho
Balneário Camboriú SC
Balneário Camboriú SC
SONETO
Renúncia Meu nobre Senhor cubro-me co'o manto, ajoelho-me, e sou pranto e penitente; rezo o terço como quem reza um canto em melodiosa prece, esta nubente... Irei sacrificar meu acalanto, do coração e carne à dor consciente! Renuncio todo o prazer do encanto, porque sou filha e fruto do poente. Essa moral global que castra o amor, que diz que é vício vil nossa paixão, que diz que pra ir pró Céu só pela Dor! Meu gozo é só pecado na emoção traz grandes vícios maus no seu sabor e então, me entrego a Deus pelo louvor. Balneário Camboriú
Efigênia
Coutinho
|
Fim do 4º BLOCO
Comentários